Rosário de ódio

10.12.13 Cabotino 0 Comentarios



Ao Exmo. Senhor Ex-secretário de Defesa dos Estados Unidos da América, D. H. Rumsfeld.

Venho através desta missiva manifestar o meu total repúdio à Vossa Excelência, aliás, Vossa Excelência é o caralho e repúdio é eufemismo para o que vou dizer a partir de agora.

Primeiro, eu espero que você morra lentamente e de maneira sofrível e de preferência em Abu Ghraib ou Guantánamo e que seja pelas mãos daqueles que você expropriou (via bombardeio); torturou (covardemente nos porões dos cárceres arbitrários erigidos por sua legenda, Re-pu-bli-ca-na); e matou (com o álibi da segurança nacional [leia-se Lei Contra o Terrorismo] e em prol das suas ações no pregão Down Jones onde se multiplicam os seus petrodólares).  

Toda a sua retórica afinada que fez abrir o Salão Oval para você destilar o fel de sua língua ferina aos ouvidos susceptíveis dos conservadores de Miami à Seattle não será suficiente par conter as invasões bárbaras. Elas irão, como se fosse um Far West às avessas, invadir o seu santo território – que o seu antigo chefe insistia em dizer que Deus iria protegê-lo – e irão fazer de sua bandeira, de sua declaração de independência e de todo o legado federalista, serpentinas e confetes. O carnaval será a desforra de anos de exploração e pilhagem que você e a sua atávica súcia realizaram - os outros de sua natureza que foram paridos pelas mesmas cadelas puritanas de Salt Lake City à Dallas irão também sangrar a luz dos punhais Sioux que irão lhes escalpelar.

A multidão bárbara derreterá o touro de bronze de Wall Street e lançará sobre o seu corpo e de toda a canalha do Federal Reserv até que fiquem uma pastinha cremosa que será servida nos cafés de Bagdá e o que sobrar, será embutida dentro do Túmulo do Soldado Desconhecido que ganhará pompas fúnebres carnavalescas nas ruas de Nova York no The Day of the Barbarian.

O Pentágono ganhará de presente uma comissão de embaixadores americanos que serão lobotomizados no princípio do Ingsoc para que vocês experimentem a sua própria diplomacia dita democrática.
O petróleo que vocês veneram choverá na sua residência ou no seu bunker, não adiantará se esconder, pois os bárbaros fazem o seu serviço sujo – limpam as suas ruas, lavam os seus carros, coletam os seus lixos. Eles são mais eficientes do que o Google Street View e quando você estiver todo besuntado o Cowboy da Marlboro acenderá o cigarro e jogará o fósforo sobre o seu corpo.

Por fim, caso corras para o Plenário da ONU em Nova York e comece a bradar o seu discursinho aprendido em Princeton, que é da profundeza comparada A filosofia da História de um Hegel (sic), como neste trecho:

“Estamos tentando explicar como as coisas estão, e elas estão como elas estão. Algumas coisas vão bem e outras obviamente não vão bem. Você tem dias bons e dias ruins. No caminho da democracia este é um momento, e teremos outros momentos. E serão bons momentos e momentos não tão bons.”

Para tentar proteger-se sob os auspícios desta instituição que sempre foi morosa, não é à toa que ela fica incrustada em seu território, aos interesses político/imperialista dos estadunidenses, será em vão, pois neste mesmo instante uma criança de oito anos moradora de Candaar acionará de seu smartphone o dispositivo que lançará um Tomahawk (o míssil que o Senhor diz ser inteligente) que sairá de uma das bases americanas instaladas no Oriente Médio e terá como alvo, especificamente, o meio de seus olhos. Será o milhão de dólares mais bem empregado da história.



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