Tudo murcha

23.3.12 Foi Hoje! 0 Comentarios



Tudo murcha, companheiro!
É assim com os seios e com o saco escrotal. Para você isso é normal? Pois para mim não, seu Venceslau! 
A gramática anda de brincadeira comigo, sempre dando de umbigo, sempre achando-se gramatical. O que há de errado com a ênclise que o não, não possa resolver!?  Não venha-me com churumelas, ou seria, não me venha! Isso mesmo, o correto é: não me venha com churumelas. Olha o não, ali e acolá, chamando a partícula formalista e formal! 
Abjeto direto ou indireto?! Direto, "muy" direto esse abjeto, redundante (mente), sujo (a) de tão correto (a). 
Ainda me resta uma questão, lá em riba, na terceira linha desse texto, achando-se ficaria se achando?! Perguntarei aos gregos, por que os troianos se ocupam-se de outras demandas. Porra! Está errado de novo! Os troianos se ocuparam duas vezes do jeito que eu acima, a frase, formulei-me.

Me ouça-me com atenção e não percam o foco do mote metódico e elaborado.

No mundo das letras e dos sinais, parece que tudo está trocado, é uma tremenda confusão! Ninguém comunica, não!?

[...]   

Dia desses pisei na grama do “Garden”, tropecei nas “Flowers in the Summer” na internet e parei num site de literatura cheio de acessos, vixe! Que excesso!!!
Tudo murcha, companheiro! Tudo murcha! Em tempos de pouca curadoria, e de muita informação.


Por. Pássaro Bege. 

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O Fim

1.3.12 Joarez 1 Comentarios


Todos os dias eu tenho medo, meu amor. Medo que você deixe de gostar de mim; ou o inverso. Medo que você ponha um ponto final na nossa história; ou o contrário. Eu te amo, acredite, também todos os dias, da melhor maneira que posso. Mas as vezes eu sinto um grande medo. Se é certo que o inverso do amor é o medo, então vivemos constantemente espremidos entre o ato amar e o de sentir medo. Nunca um dos sentimentos vence - estaremos sempre com vontade de felicidade, mas receando um forte baque. O ideal era que o amor fosse eterno. Aí, meu deus, iríamos deitar e rolar, tranquilos, na grama da vida - relaxaríamos mais ainda na intimidade e negaríamos alguns perdões fúteis. Mas isto faz parte de um mito, meu amor, o mito do amor perfeito. Na realidade, sabemos, mas tememos acreditar: o amor acaba, como nos alertou Paulo Mendes Campos, que há pouco completou 90 anos de idade. Contudo, será que ele, o amor, está necessariamente fadado ao fracasso, tem sempre que acabar? - as dúvidas não cessam: são sempre rostos de Gauguin, desconfiados, estampados na parede. Se é tão certo, tão provável - nossa!, é o que todos dizem, mal amados ou não - que uma coisa tão boa acabe, talvez nossa angústia seja pelo quando. Desejamos saber quando vai acabar. Assim, não seríamos pegos de surpresa, nos prepararíamos para a queda, para a enorme queda - e, consequentemente, não nos machucaríamos tanto. Mas isso são apenas divagações de um notívago, meu amor, que não ajudam em nada - apenas nos atormentam. Eis a verdade: o fim, melhor não pensar nele.

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