“Rasga-mortalha”. Viva aos noivos!!!
Mate-se antes que seja tarde. Faça
como o jovem Werther, mate-se! Deixe de ouvir os choramingos daqueles que não têm
coragem... Mate-se, oras!!! Com orgulho e com vontade. Não faça firulas. Mas o faça
sem escrever bilhetes, pelo amor de Deus! Sem fazer juras e planos... Dê um 360
e veja que nada presta, mas quando já tiver a certeza certa, bem certinha, por
favor, eu imploro, mate-se! E não venha falar comigo, comunicar-me! Será o (im)
possível?! Não faça como a moça do CFCH ou como um desempregado da usina de
açúcar de Goiana, mate-se calado e não estabeleça correlações entre o seu ato e
um manifesto. Haja quieto, “seja menos chato”, como se diz por aí... Mate-se sem purpurina, sem tapete vermelho na
chegada. Não procure o fim como uma chegada, ou a chegada como um fim! Se mate como
as donas de casa. Enforque-se nos panos de prato, ou quem sabe, bata com a
cabeça na quina da pia; dizem que é fatal.
Não se mate aos poucos, seja menos sádico. Não se mate como se matam
alguns jornalistas de nossa geração, babando o patrão! Continue a fazer tudo o
que sempre faz em sua rotina e, quando estiver pensando sobre o ato, vista
primeiro a meia do pé esquerdo e vá em frente, puxe esse gatilho behaviorista! Mate-se
em série, de TV aberta ou de TV fechada, não importa. Mate-se sem dignidade! MATE-SE
EM CAIXA ALTA, enfie a porra dos pés pelas mãos, faça dessa metáfora o seu mais
alto grau de convicção... Peça aos deuses coragem para deixar de ser medíocre. Peça
sal quando sede tiver. Mate-se sorrindo; não vá dar uma
de carrancudo nessa hora, mate-se bem feliz. Mas não vá dar uma gargalhada
estridente também, seja comedido, sinta culpa e arrependimento, mas termine,
termine o que começou!
por: Coruja Felixberto Caravalho
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