Uma quase- crônica e um ano quase-acabando

29.12.08 Victor Rodrigues 4 Comentarios



Final de ano é sempre igual. Geralmente, fazemos uma retrospectiva, avaliamos os acontecimentos e listamos uma série de coisas a serem feitas no ano seguinte. Raros são os que conseguem cumprir à risca tudo que queriam.

Eu, graças a minha organização singular e aos constantes atrasos, sempre vou deixando algumas coisas para depois e, para o bem ou para o mal, nunca consigo executar o que foi planejado dentro do tempo previsto.

Lembro que, no réveillon passado, havia dito que iria parar com isso e começar a fazer tal coisa, me alimentar de um quilo mais daquilo etc. Recomendaram-me caminhar e parar de fumar, para não sobrecarregar o coração. Afinal de contas, não é qualquer coração que agüenta ser fumante, sedentário, comunista e torcer pelo glorioso Santinha: haja fôlego!

Uma amiga, Betina, me falou que vai casar no ano que vem. Adalberto, seu noivo, pretende concluir o curso de administração, vai receber uma promoção na empresa, ganhar um salário mais gordo e, finalmente, poder casar. Mas Betina, apesar de ser assim como vocês e sempre repetir a mesma coisa no final de cada ano, jura que dessa vez é para valer. Deu o ultimato a Adalberto, lembrou que ano que vem completam quinze anos de noivado e que não aceitaria esperar mais. Disse também que está virando motivo de chacotas na família.

Irei mantê-los informados sobre os acontecimentos na vida de nossa querida Betina. Mas e vocês, queridos leitores (eram oito, a maioria de mulheres....quantos são agora?), o que pretendem fazer no ano que vem?

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O que se pensa e o que se fala.

20.12.08 Foi Hoje! 2 Comentarios


É interessante analisar o que pensamos e como agimos quando queremos transparecer esse pensar. Se não gostamos de alguém pensamos bem claramente tudo que odiamos nesta pessoa. A mesma facilidade não há se tentarmos falar isso pra outros ou pra pessoa que odiamos, criticamos, desprezamos, ou, seja lá que o sentimos. Que dirá se tivermos que fazer algum registro sobre este “mal pensar” dos outros, como escrever, gravar ou anotar isso de qualquer forma para que terceiros possam consultar. Pense caro leitor: nosso poder de “não-falar” o que pensamos é tanto que criamos uma série regras e contextos para fazer, ou não fazer, isso. Para chamar alguém de “mau pagador” em público, dizer que essa pessoa não paga o que nos deve, e cobra-la por isso, vamos a um tribunal de pequenas causas que usa uma bela palavra para o devedor: “inadimplente” (o popular velhaco). Levamos isso a um juiz, sujeito de alta escolaridade e prestígio social e forçamos o poder público a ter gastos ao longo do processo. Ora! Queremos receber dinheiro atrasado e acabamos causando mais gastos junto ao Estado. Por que a gente não pega o cabra dá-lhe uma surra toma na marra o que ele tem e pronto? Tudo bem, eu sei que não é tão simples assim querido leitor, mas que da raiva dá! Por que se, por outro lado, eu chamar o cara de devedor em praça pública ele pode acionar este mesmo circuito contra mim alegando “danos morais”. Ta vendo?! Toda uma estrutura montada para não falarmos o que realmente pensamos.
Bem, tendo em vista o problema "pensar / transparecer o que se pensa" eu estava pensando: será que escrever o que se pensa deixando bem claro o que é pensamento e o que não é, seria chato para a pessoa que é mal falada no pensamento que se escreve?
Outro dia fui ao setor “x” da faculdade pegar informações com o coordenador do lugar e entre uma fala e outra ele se queixou da secretária do local. Fez isso por me conhecer e sentir espaço para transparecer o que pensava, já que não conseguia transparecer isso pra ela. Não vou citar nomes aqui pra não ser indelicado... Ou grosseiro?... Ou por covardia? Enfim! Penso nos nomes. Ele dizia:
- Ela já não tem saúde para o trabalho, tem a memória fraca (eu pensei: Você também).
- Ela está sempre esquecendo e errando (eu pensei: Você também).
- Ela deveria estar longe daqui, pois é uma funcionária ruim (eu pensei: É né?! Você também).
- Ela já tem... (falou isso com ar de impaciência e alterando a voz como se estivesse pensando com muita raiva: Régia é foda!)... Quase setenta anos. (pensei de forma agressiva e confusa: Porra Figuerôa! Você também).
Deixo transparecer agora três respostas, nas quais eu estava pensando, que podem ajudar a solucionar o paradigma: "o que se pensa e o se fala".
Serei direto deixando minha opinião bem clara para você querido leitor. É isso mesmo, não pense que eu tenho cautela... Ou vergonha?... Ou medo?... Ou seja lá o que diabos for! Exponho o que penso e pronto:
1°Se pensamos e não conseguimos falar então vamos escrever de forma sutil o que pensamos, diferenciando na escrita o que é "pensamento" e o que é "fala" e vamos divulgar isso para o máximo de pessoas.
2° Vamos continuar usando as leis e tribunais para falar de forma bonita o que pensamos com palavras feias. Isso nós ajudara a ser educados em casos de extrema safadeza.
3°Internalizar a vergonha na cara, parar com o “disse e me disse” e dizer a verdade é a melhor forma de falar o que pensamos, além de livrar as repartições públicas deste clima de fofoca.


Castanha 09/11/ 2007.

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Eu também quero dizer, Cirilo!

15.12.08 Foi Hoje! 0 Comentarios


Dedicado à Helton e Victor, companheiros deste ano de aventuras virtuais, emocionais, sinucais, astrais e outras mais.

Por favor, me agradeça quando compro cigarro em seu estabelecimento, e quando pedir desculpas sorria, não sou dentista, mas adoro ver seus dentes Adolfo.
Luzinete pelo amor de deus, para de choramingar menina, putz!
E você André, aquele seu garoto é espetacular saudável e lindo, pense nisso, quando reclamar do dia.
Carlinhos meu filho ninguém agüenta mais suas piadas de bolso, chorar e ficar triste meu caro, também faz parte da vida.
E você e seus projetos hem? Também tenho alguns, se parar de falar um pouco e me escutar, vai perceber. Problemas? Devo duas prestações do crediário que abri na eletroshopping e Lucia chega tarde demais nas sextas.
Sim, ia me esquecendo Cosme, o que você está lendo?
Mefistófeles me mostrou algumas coisas, como a fausto.
E os folhetins de nosso o Sebastião, cada vez melhores.
Maria do Carmo conseguiu financiamento pra aquela peça que comprou os direitos. Num é legal?
Manda noticias Soraia, saudades grandes dos teus olhos cor de verso!
Finalizo lembrando você Juarez, do meu xadrez de osso, emprestado nunca foi sinônimo de doado.


Um grande abraço a todos (as),


Pássaro Bege 16/12/2008

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