As três da madruga

27.2.09 Foi Hoje! 0 Comentarios


Porra! Acabei de acordar! E ainda são três da madruga. Uns conhecidos da vizinhança inventaram de beber aqui na frente, e como uma boa farra exige musica alta eles acharam que seria bom ligar o som no volume máximo enquanto esvaziavam as garrafas, já eu não gostei muito da idéia e acho que não preciso explicar por que. Eu gosto muito de passar as noites de sexta na rua fazendo o mesmo que eles, bebendo e batendo papo, mas justamente hoje que eu resolvi dormir, topei com esses sujeitos. Levantei da cama botei a camisa e fui tomar “satisfações”, apesar de saber que com os conhecidos a gente não necessariamente toma “satisfações”, ta mais pra falar com “jeitinho”, e eles sabem tanto disso que quando perceberam que eu me aproximava com o protesto estampado no rosto um dos camaradas me abordou, falando e tentando agradar: “Meu chapa como é que ta essa vida? Veio pra tomar uma dose com a gente?”, como se fosse à coisa mais normal do mundo sair de casa a três da madruga com a cara ensebada de sono pra falar da vida e tomar uma dose com o pessoal que acabou de acordar metade da vizinhança. Pedi pra diminuir o barulho e eles foram atenciosos com o meu pedido, mas acho que não serviu muito, pelo menos não para o resto da vizinhança, porque o que o cara fez foi virar os caixas de música para a direção oposta a da minha casa e baixar um pouco o som, mas não o suficiente, pois, eu continuei a escutar o som na sala lá de casa, bem mais baixo é verdade. De todo jeito não importa, pois, as três da madruga a gente não tem obrigação de ouvir o barulho de seu ninguém! E tem mais, como será que ficou a casa do sujeito que era o novo alvo do barulho dos farristas? Resultado: entre o fim do meu sono, a cara de pau do sujeito me chamando pra beber, a admirável solução que ele arrumou pra parar de me incomodar - virando os caixas de som e a falta de educação para o lado oposto ao meu - ficam as palavrinhas martelando na cabeça: bando de folgados.


Castanha 20/12/2008

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