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"Dirigir”, essa coisa que recentemente
entrou na minha, para "facilitá-la", a princípio, foi o que achei. O
fato é que ao dirigir, muito me relatam o quanto gostam, o quanto refrescam a
cabeça, e eu realmente fiquei imaginando que isso era possível. Aos poucos e
nesse pouco tempo que também sou uma "motorista", uma das coisa que
realmente sinto é que o trânsito é um lugar horrível, nós no trânsito somos
horríveis, e as pessoas mostram o pior de si mesmas.
Para mim é bom não ficar na parada esperando um
ônibus que pode passar ou não, mas as outras situações que você se expõe ou é
exposto nesse tal trânsito não me fazem crer que um dia internalizarei esse
papel, sim, papel sim, pois há toda uma forma, ou formas de se comportar em
trânsito que não entenderei e da qual não quero fazer parte.
Não sinto prazer, relaxamento, nada disso ao dirigir. Pode parecer
estranho, mas sempre me pego pensando como gostaria que a cidade tivesse um
transporte realmente que atendesse ao público e fosse eficiente para que não
precisasse de me submeter a esse universo mesquinho, confuso, grosseiro e
irritante que é o trânsito (seus carros, estacionamentos, flanelinhas, multas,
batidas, motoboys, pressa, os donos do trânsito, o barulho, a poluição); entrar
num ônibus ou metrô e poder ir lendo seu livro tranquilamente e chegar ao local
desejado sem que para isso tivéssemos nos estressado e desgastado apenas para
encontrar um locar para deixar seu veículo. A lógica perversa das pessoas no
trânsito não me faz querer nem um pouco ser parte disso, estou como motorista,
mas não serei motorista.
Por: Thais Brayner
Imagem recolhidas em: http://fredstations-djoublog.blogspot.com.br/2009/10/viva-mais-brasilia-capital.html
Concordo bastante contigo Thais. Apesar da suposta independência que o automóvel particular proporciona, os desafios de vc dirigir em um país onde a maioria de suas cidades não preza pela gentileza e educação, faz do trânsito um ambiente de guerra e de vergonha até. Já me senti muito como vc, meu desejo era sempre de abandonar o carro ali mesmo e sair andando, infelizmente. E pensar que tanta gente se mata de trabalhar p comprar e sustentar um automóvel...mas, ciclovia não gera lucro p governo nenhum...Um bjo flor.
ResponderExcluirBrasília, assim como as grandes cidades brasileiras são refratárias a vida, as pessoas e a democracia. Nela e nas outras tudo se estagna, as praças são vazias, os logradouros tristes, sem vida, sem alma e, esta política pública "afirmativa" para os veículos desde do Lula II - redução do IP - para os carros, só fez ressaltar o nosso espírito "arrivista" e egoísta que nós desdobramos de nossas casas para o espaço público.
ResponderExcluirSeja bem vinda Thais, aqui a sua voz ressoa livre, diferente dos engarrafamentos que nos sufoca diariamente.
Abraço!