Românticos de Máscara

31.3.11 Calango Albino 2 Comentarios


São seres que por um acaso

São dominados por uma vontade vã

Mas acham, insanamente, dominar o caso

Ao ser surpreendido por uma decisão sã


Deixam-se levar para sarjeta

Onde se encontram voltados para o mar

E mergulham no universo da ponta de uma caneta

Entre outras, se remetem ao lar


Lá tudo era do seu jeito

Inclusive os sujeitos que lá o iam visitar

- Ah, que saudade no meu peito!

- Ah, que saudade do meu lar!


Coloco-me no lugar dela

Como Amélia, achava engraçado até fome passar

Como senhor, tinha que decidir até o acender de uma vela

Desse jeito não tinha outro feito a não ser se libertar


Decidida e sisuda falou: - Estou indo...

Cortando meu calcanhar, deixando meu ego no chão.

- Indo, como assim?

- Não me vejo mais como serva do que não me serve...


Hoje escrever poemas de amor

É como reviver o meu lar

Largos momentos, pudor!

Quando o bom mesmo é viver para amar


Por: Dinho Negaba

2 comentários:

  1. Grande Dinho, bem vindo cara!

    ResponderExcluir
  2. OPa opa!!! Belo texto, boa prosa
    Seja bem vindo
    Abração

    Rico Santana

    ResponderExcluir