Causos 33: Parede d’água
Nós íamos e ela vinha. Ela era enorme, imponente, se fazia ver ocupando canto a canto do fundo da paisagem, preenchia o horizonte.
Pouco a pouco, seguindo a trilha, chegamos ao topo da serra. Ela estava bem ali, bem perto; incontáveis milhões de gotículas formavam aquela coisa tão bela quanto grande. Tinha um cheiro bom, cheiro de água, era uma muralha de água, mas não era água pesada, feito água de cachoeira, nem era água artificial, feito água de chuveiro, era água leve, dessas que a gente tira do lugar encostando a ponta do dedo.
Ali, no topo da serra, ficamos a uns cinco ou seis metros de distancia dela e bastou esperar um pouco enquanto ela se movia para sermos envolvidos pela enorme neblina branca formada por gotas tão pequenas que demoravam muito pra molhar a gente.
Foi uma das coisas mais bonitas que já vi.
Castanha 01/03/2011
Dá pra imaginar toda a beleza do local por suas palavras
ResponderExcluirMuito boa meu filho, sensibilidade castanhística !!!
Rico santana
Faço minhas as palavras do Pássaro Bege. Uma nuvem de sensações.
ResponderExcluirUma fotoliteratura, meu caro, bem visual tua croniqueta. Mandou bem, abraços! :)
ResponderExcluirBom,muito bom mesmo,(sensibilidade canstanhística)²
ResponderExcluir