Vejam bem! Um jovem, um jovem como eu!

6.9.10 Foi Hoje! 2 Comentarios


Pus-me mais uma vez a chorar feito criança
Feito um poeta em catarse estética, num turbilhão de angustia, medo e solicitude.

Foi essa noite em meu quarto, ouvindo o relato de uma crise como tantas outras mil do dia-a-dia, mas essa me tocou ferozmente, era uma crise mental.

Assustou-me de novo uma palavra que me perturba desde infância, a “loucura”, parte integrante, mas indesejável dessa sociedade sã de idéias e convicções.

Um homem e seus pensamentos desconexos, surtou em seu ambiente de trabalho, dentre as grades hipócritas do sistema educacional brasileiro. (que grande novidade!)

Refleti cada detalhe da história que me era narrada, proferida por uma interlocutora também emocionada com o fato.

Foi estranho dizia ela! De repente esse rapaz, um homem,
Jovem como nós! - Seus olhos diziam isso e muito mais!-


Pensava ele ser e estar sendo perseguido, por autoridades politicas. O homem entre a loucura e a lucidez fazia conexões entre fatos ocorridos quarenta anos atrás com fatos da contemporaneidade.

Era ensurdecedor ouvir aquilo tudo! Questionei-me sobre o que é memória o que é esquecimento, inadequação, indagações de outro louco confuso e com medo.

Coloquei-me por várias vezes na pele daquele homem, justamente eu, que há tempos venho duvidando de minha sanidade mental. Eu que hesitei por várias procurar os médicos psiquiatras, como medo da confirmação do diagnostico.

Via na minha frente a historia de um homem
Vejam bem! Um jovem, um jovem como eu!
Perdendo o controle das ações em seu ambiente de trabalho.

Chorei de compaixão e por medo! Sentir tudo isso, é sentir demais é pouco apropriado! É preciso demonstrar força, e afastar de uma vez por toda essa loucura enfreuqecedora e víl, afinal de contas, controlar os ventos e criar personagens com vida própria, além de mim, não tem nada haver com esquizofrenia, vocês não acham?

Sendo assim convoco todos os leitores desse Blog a se manterem sãos, nunca cair no veú obtuso da insanidade, pagar os seus impostos, cumprir suas obrigações eleitorais e com o trabalho e acima de tudo, não criar histórias, e muito menos personagens fictícios para levar ao cotidiano, isso assusta a mediocridade dos normais, burla as normas de convivência e conveniência, dá dor de cabeça, exclusão e sentimento de fracasso, coisas cada vez menos polidas e desejadas nos tempos atuais.

É preciso sair dos quinhões da periferia, seja a do pensamento, das idéias ou da vida prática (para os que insistem em separar essas dimensões), é preciso sanidades, sanidades ouviram!!! Sanidades!!!

É loucura querer emancipar o gueto por dentro, temos que sair de lá, sair de lá, deixá-los ao deus-dará. Deus, o que tudo sabe e vê!

Esqueçam o meu rosto e minhas ideias que às vezes se transmutam em algo tosco e estranho, e parem de gritar que eu SOU LOUCO, EU NÃO SOU LOUCO OUVIRAM!!! EU NÃO SOU LOUCO!

Mas antes de terminar gostaria de dizer que estou sendo perseguido e se desaparecer por mais de dois dias, procurem o IML, os jornais, ando sofrendo perseguições políticas e editorias de outros blogs, recebendo ameaças diariamente na caixa de e-mail.

Mas, por favor, não me procurem no hospício, seria triste e insuportável pra mim, se lá, justamente lá, vocês me achassem.

Passaro Bege!

2 comentários:

  1. Belo texto jovem insano. Sanidade é um pouco medíocre, apesar de eu também temer em enlouquecer 'de verdade'.

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  2. Rico, meu véio, seria bom ser doido o bastante pra não se aperriar com essa coisas todas. Que pena que a gente não é...

    Castanha

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