Causos 11: O Causo que não veio

12.9.10 Foi Hoje! 2 Comentarios


Causo traidor! Me abandonaste... Virei e revirei livros e memórias, alegrias e frustrações, histórias contadas e ouvidas, e nada; nem uma palavra, nada, absolutamente nada! Eu queria, tentei, e como tentei, te apresentar para meus amigos, que além de amigos são leitores, uns poucos é verdade, dar pra contar nos dedos da mão, mas não deixam de ser amigos... E leitores. E tu, o que é que fez? Não veio! Podia ser qualquer um, bem sabes que não sou exigente, nem sou de fricotes.
Podias ser o Causo da cobradora de ônibus que dormia no expediente e que quase deixava os passageiros passarem sem pagar, não por relaxamento, mas é que o cansaço era grande.
Podias ser o Causo que trata do casamento de Maria e José, onde, todo dia ele leva um esporro dela por entrar em casa com as sandálias sujas.
Podias ser o Causo do Sr. Hélio, senhor de tantas e tantas décadas de vida, que fuma duas carteiras de cigarro por dia e que era vivo e forte igual um menino até que semanas atrás teve um derrame; ficou fraco e encolheu do dia pra noite.
Podias ser tantos e tantos Causos e Coisas de uma forma que só a literatura nos permite ser. Precisavas fazer o que? Bastava vim pra mim e me deixar te colocar no papel; ou na tela. Mas preferistes não vir. Preferistes não aparecer e ser nada. Nem no esquecimento iras cair, pois, para ser esquecido tens que ao menos ter existido e tu te negaste a isto quando não te apresentasse a mim. Quer saber Causo? Não me importo contigo, não choro nem mal digo, não tenho nem uma gota de sentimento, seja pro mal seja pro bem. Se não vem pra mim então vá pra onde quiser, vá pro demônio que te carregue... Não! Melhor ainda, vá pra puta que lhe pariu!

Castanha 07 / 09 / 2010

2 comentários:

  1. Meu querido Castanha indignou-se. Calma, calma. Daqui a pouco ele chega, esse bendito causo.

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  2. kkkkkkkkkkkk
    massa véi
    causos miseravéis

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