Causos 13: Solidão e morte do homem que feriu o orgulho de Porfírio Ferreira
Quando morremos, nós continuamos vivos na memória dos outros. A segunda vida, a vida nas memórias alheias, pode durar um dia ou um infinito de tempo, não há prazo máximo ou mínimo. Morrer perto de todos que gostamos é uma boa tentativa de continuar vivo na memória dos outros, mas não é uma garantia absoluta. O contrário também é correto. Da mesma forma não há controle sobre como se será lembrado.
“Ele era ruim” disse a filha de Porfírio Ferreira “vivia sozinho, brigava com todo mundo; era um baixinho invocado e com cara de ruim; quando ele esculhambou papai, ninguém acreditou porque todo mundo sabia que ele era ruim; um dia encontraram ele morto na serra da Capichaba, na estrada de quem vai de Bezerros pra Gravatá, sendo comido pelos Urubus; foi morrer no meio do mato pra não morrer perto de ninguém”.
Castanha 25 / 09 / 2010
e segue a saga do orgulho ferido talvez o sentimento mais motivador e louco da egocentria humana
ResponderExcluirmas tão necessários em tempos de chacotas contra nossa existência e nosso querer ser
rico santana