Recife, 1997-2015

3.2.15 Unknown 0 Comentarios


Em 1999, dois anos depois da morte dele, um antes do ano derradeiro do XX, quando, pra mim, a internet ainda era discada, era muito chato perceber que aquela coisa mágica havia sido transformada em “identitária”; justo na época em que percebemos as facetas fascistas que existem em alguns conceitos e palavras – nesse caso, o pânico tinha um nome pomposo e suassûnico: tropicalismo armorial.  De jeito nenhum era fácil lutar contra, e ao mesmo tempo, amar tudo aquilo. Assim, todo mundo que tivesse uma banda naqueles tempos era obrigado a ouvir: sim, mas cadê a alfaia? ao que se retrucava: “Chico Science é o caralho! Vão se fuder!” 18 anos depois o mercado arrumou outras formas de padronização. Porém, se antes a coisa era fordista, a reestruturação produtiva levou a indústria fonográfica a se "reinventar". Além do mais, hoje, não se impõe mais o “identitário”, ao contrário, se impõe o The Voice Brasil goela abaixo.   

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