Joga tua bola
Cada gota do que escrevo é cansaço. É
ácido feito com intuito de corroer os olhos e a preguiça de quem lê. Não me
tome aqui por desmedido ou por muganguento estilista das letras apagadas, ou
por um metódico simplesmente. A real é que, vira e mexe, sou escrevinhador de
quadro negro, avulso e envolto em excitações, logo, precocemente, esporro no
papel... ah!!! Os mais lúcidos logo me advertem,
os ajuizados me aconselham, mas quando dou por mim já estou todo gozado, foi
mal!
Mas, também sou um filho bastardo do
meu tempo, por isso, daquilo que gosto me lambuzo, uso com calma, aprecio e,
fazendo uso do que hoje em dia anda em desuso, por vezes capricho no preparo e não escancaro
minhas palavras ou meu recado com um carrinho quebrando a perna do beque central
no começa da partida. Não. Sou jogador versátil, sei também levantar a cabeça,
pensar ao lançar a bola, calcular, porque, como diria o filósofo, “o jogo só
acaba quando termina”. Ou seja, joga teu futebol, boy! e deixa o galego jogar o dele.
Por: Coruja Felixberto Carvalho
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