“Rasga-mortalha”. Viva aos noivos!!!

23.4.13 Pássaro Bege 1 Comentarios




Mate-se antes que seja tarde. Faça como o jovem Werther, mate-se! Deixe de ouvir os choramingos daqueles que não têm coragem... Mate-se, oras!!! Com orgulho e com vontade. Não faça firulas. Mas o faça sem escrever bilhetes, pelo amor de Deus! Sem fazer juras e planos... Dê um 360 e veja que nada presta, mas quando já tiver a certeza certa, bem certinha, por favor, eu imploro, mate-se! E não venha falar comigo, comunicar-me! Será o (im) possível?! Não faça como a moça do CFCH ou como um desempregado da usina de açúcar de Goiana, mate-se calado e não estabeleça correlações entre o seu ato e um manifesto. Haja quieto, “seja menos chato”, como se diz por aí...  Mate-se sem purpurina, sem tapete vermelho na chegada. Não procure o fim como uma chegada, ou a chegada como um fim! Se mate como as donas de casa. Enforque-se nos panos de prato, ou quem sabe, bata com a cabeça na quina da pia; dizem que é fatal.  Não se mate aos poucos, seja menos sádico. Não se mate como se matam alguns jornalistas de nossa geração, babando o patrão! Continue a fazer tudo o que sempre faz em sua rotina e, quando estiver pensando sobre o ato, vista primeiro a meia do pé esquerdo e vá em frente, puxe esse gatilho behaviorista! Mate-se em série, de TV aberta ou de TV fechada, não importa. Mate-se sem dignidade! MATE-SE EM CAIXA ALTA, enfie a porra dos pés pelas mãos, faça dessa metáfora o seu mais alto grau de convicção... Peça aos deuses coragem para deixar de ser medíocre. Peça sal quando sede tiver. Mate-se sorrindo; não vá dar uma de carrancudo nessa hora, mate-se bem feliz. Mas não vá dar uma gargalhada estridente também, seja comedido, sinta culpa e arrependimento, mas termine, termine o que começou!











por: Coruja Felixberto Caravalho 


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