Desfocando o olhar.
O aparelho de ser inútil estava jogado no chão [...]
Manoel de Barros.
No velho barreiro de água marrom tinham bois, criança e senhoras se banhando nele. Por que teria ficado marrom a água daquele barreiro?! Pela sujeira de gente, ou pela sujeira de bicho.
Meu olhar nunca foi são. Ele sempre sofreu de doidice abobajada e ilusória. Às vezes desfoco o olhar dos extremos de minhas pálpebras apertando meus olhos e deixando eles bem miudinhos, para que as figuras sem jeito que vejo, fiquem bem certinhas no prumo da minha retina.
E é nesse exercício, que vejo beleza nos barreiros de água marrom e em um bocado de coisas que os outros só olham, mas não vêem.
Porra!!! Botou pra foder! Tem coisas que pra ver precisa muito independe de distancia...
ResponderExcluir